Linha do Oeste: Governo aprovou em Conselho de Ministros fim da linha entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz

Linha do Oeste | Plano Estratégico dos Transportes

Governo acaba com comboios de passageiros entre Caldas e Figueira

O Governo aprovou em Conselho de Ministros o Plano Estratégico dos Transportes, que prevê a execução das reformas estruturais do sector, dando seguimento ao memorando de entendimento assinado com a Troika. O documento prevê a desactivação até ao final do ano do serviço de passageiros na linha do Oeste entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz.

Mantém-se a linha activa para o transporte de mercadorias e será assegurada a mobilidade das populações através de transporte rodoviário alternativo. A medida acaba por ser uma machadada nas pretensões de requalificação e modernização da Linha do Oeste, há muito ambicionadas por autarcas e populações dos concelhos servidos.

E se a ligação até Lisboa ainda se mantém, fica a dúvida se dentro de algum tempo não será também encerrado este troço, de resto algo que tinha sido equacionado pelo Governo anterior, num estudo entregue à Troika, elaborado pelo Ministério das Finanças e o das Obras Públicas e Transportes, que preconizava o encerramento da Linha do Oeste entre Torres Vedras e Louriçal, próximo da Figueira da Foz.


A política comercial não tem sido favorável para o aumento do número de passageiros. Comboios com horários pouco atractivos, serviço sem argumentos competitivos perante o transporte rodoviário e estações encerradas, acabaram por afastar os clientes.

Este fim-de-semana, um plenário distrital de reformados reunido na Marinha Grande aprovou uma resolução em defesa da Linha do Oeste.

“De há muitos anos que esta linha, fundamental para o desenvolvimento do nosso distrito, tem sido alvo de um brutal desinvestimento: encerramento de estações, horários desajustados e material circulante obsoleto. A viabilização da linha do Oeste é um problema que diz respeito a toda a população do distrito. A sua baixa operacionalidade prejudica de modo particular os reformados, que podiam ter nesta infra-estrutura um meio cómodo, rápido e barato de se deslocarem”, refere o documento.

Os reformados, por certo ainda desconhecedores do anúncio de encerramento do troço entre Caldas e Figueira, deliberaram “manifestar a exigência de que sejam resolvidos rapidamente todos os problemas que afectam a Linha do Oeste com vista à sua plena operacionalidade, bem como seja encetado um processo de modernização que permita o seu aproveitamento como via estruturante do sistema distrital de transportes, quer na vertente de mercadorias quer na de passageiros”.
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via jornal das caldas

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